10 filmes sobre BDSM que realmente valem a pena assistir


Já fazia algum tempo que eu estava querendo fazer uma review temática, na realidade meus planos eram começar com 10 filmes sobre a história da moda, review esta que está em fase de produção, mas, ao me deparar com um post totalmente desorganizado em um blog que citava filmes de terror, tortura e outras práticas que não fazem parte das englobadas em BDSM, como sendo da mesma categoria, me irritei e assim saiu esta review.

Muito bem, antes de começar, alguns avisos:
Antes de tudo adianto que se você veio aqui atrás de conteúdo explícito, esse não é o lugar pra você. Aqui eu colocarei apenas o pôster do filme e uma descrição explicativa.
O formato dela será diferente das que eu costumo publicar, já que nesta aqui, vou cobrir indicação parcial de dez filmes, ao invés de um só, como eu costumo fazer. E como você vai perceber, a lista vai começar com os filmes mais “leves” (menos graficamente explícitos) e ir descendo até os mais “pesados” (mais graficamente explícitos).
Também quero deixar claro que esta é uma lista pessoal minha, talvez possa existir representantes melhores do tema, mas, estes são os que eu gostei mais enquanto fazia a minha filtragem de títulos. Vou tentar deixar o link para visualização online ou download dos filmes que eu conseguir encontrar no fim da review de cada titulo.
Vale frisar ainda que, eu talvez não seja a pessoa mais indicada para abordar o assunto, pois meu conhecimento sobre o meio BDSM é bastante limitado, mas me esforcei ao máximo para fazer uma review no mínimo coerente e selecionar bons representantes cinematográficos do tema.
Para quem não está familiarizado com a sigla, BDSM significa Bondage (pratica de amarrar/atar uma pessoa para fins sexuais) Dominação e Sadomasoquismo. Nos dez filmes a seguir, tentei fazer um apanhado que apresentasse o tema num meio termo, sem exagerar na teatralização. Espero que gostem.

1.  Contos Proibidos do Marquês de Sade:
A primeira vez que eu vi esse filme, eu tinha uns 12 anos e a performance de Geoffrey Rush como Marquês me fascinou. O filme apresenta os últimos anos de vida de Sade, agora interno no manicômio de Charleston e que mesmo confinado, continua publicando seus contos eróticos e violentos para toda a França com a ajuda de uma lavadeira chamada Madalaine.
O problema começa quando Napoleão, no momento imperador da França, decide matá-lo, para impedir que ele continue “a produzir aquela imundice”. Surge então a sugestão, por que não curá-lo? Mas o que é realmente um homem são e um homem louco?
Há pessoas que dizem que o filme é uma versão um tanto quanto romantizada da vida de Sade, mas eu o acho encantador, com várias cenas memoráveis e um final perturbador e incomodo o suficiente para te fazer pensar. As cenas de sexo não são grosseiras e as de nudez chegam a ser quase poéticas.
O filme serve para se ter uma base de como viveu o criador do termo Sadismo, que futuramente, com o acréscimo do criador do termo Masoquismo, Leopold Von Sach-Masoch, acabaria virando a palavra “Sadomasoquismo”. 
Preciso adiantar que o filme tem cenas indiretas de estupro, violência física e tortura, mesmo assim, recomendo-o até mesmo para as pessoas que não são muitos fãs do gênero, contanto que tenham estomago para lidar com as cenas citadas anteriormente.
Por que vale a pena assistir?
Se você até agora nunca teve contato com filmes que abordem o tema BDSM esse aqui é uma boa porta de entrada, é sensual e inteligente, sem ser explicito e chocante, além de humanizar uma figura tão cruel e controversa quanto o Marquês de Sade, nos fazendo até simpatizar com ele, ao mesmo tempo em que o filme critica a hipocrisia da sociedade francesa da época, tão preocupada com a moral e os bons costumes, quando, por trás de portas fechadas acontecia todo tipo de atrocidade, às vezes até piores do que as escritas por Sade. Também vale citar que o elenco é composto por nomes como Joaquim Phoenix, Geoffrey Rush e Katie Winsley.


2. A Criada
Esse aqui é recente, do ano passado (2016) na verdade e foi dirigido por Park Chan-Wook, mais conhecido pelo seu controverso filme Oldboy, mas, ao contrário das outras produções de Chan-Wook, esse aqui é de uma delicadeza e suavidade única.
A história fala de uma jovem que é infiltrada na casa de um nobre japonês, com a desculpa de se tornar uma criada, mas, na verdade, ela deve preparar o terreno para um farsante que pretende se casar com a sobrinha do homem e assim, herdar toda a fortuna.
O filme pode ser dividido em duas partes, sob o ponto de vista primeiro da criada e depois, o da senhora. Podemos ver praticas sexuais exóticas e muito perturbadoras serem executadas, além de submissão humana e dominação. Preciso adiantar aqui que o filme aborda um romance lésbico em certo ponto do enredo. Não posso falar mais sem correr o risco de dar spoilers.
Por que vale a pena ver? 
É um filme que reúne uma série de elementos diferenciados num mesmo filme, desde suspense, sensualidade, dominação até romance e amizade. É o tipo de filme que apresenta fantasias e praticas sexuais especificamente asiáticas e que por isso são esteticamente muito belas. Minhas duas cenas preferidas são a leitura erótica e a simulação com o boneco de madeira. Mas vale frisar que o filme, ao contrário de seu conterrâneo asiático, “O império dos sentidos”, não apresenta cenas explicita de sexo e que deixa muito para o imaginário do espectador.

3.  Parceiros na noite:

Este aqui eu assisti só esse ano, 2017, apesar de o filme ter quase 30 anos de lançamento. O longa-metragem conta a história de um policial (Al Pacino) infiltrado em um bairro gay, para capturar um assassino em série que tem matado rapazes homossexuais freqüentadores de um certo clube sadomasoquista. O filme serve para conhecermos um pouco da cena SM Gay dos anos 80, além de ser um thriller interessante e com um desfecho bastante curioso.
Eu sou grande fã dos trabalhos do Pacino, então pra mim foi uma experiência incrível ver ele atuando neste filme sombrio e tenso.
O figurino do filme é bastante exagerado, com couro e quepes e chicotes e tudo o mais que você possa imaginar. E por se tratar de um filme de suspense policial, tem diversos assassinatos.
O nome original do filme, “cruising”, refere-se ao ato de flertar no meio gay.
Por que assistir? : É até agora o único filme de serial killer que envolve a cena Gay BDSM que eu já encontrei e apesar de pecar pela falta de cenas mais explícitas, serve como referencia de informações.

4. A Venus das peles:

Dirigido por Roman Polanski, este filme faz uma releitura livre do conto original de mesmo título escrito por Leopold Von-Sacher Masoch (criador do termo masoquismo). Antes de falar do filme, preciso situar você na história do conto original. Falando amplamente é sobre um homem que só consegue ter uma ereção quando a esposa, vestindo nada além de um casaco de peles, o chicoteia e pisa nele com botas de bico fino e a partir dessa premissa de apenas conseguir atingir o prazer através da dor recebida, nasceu à palavra Masoquismo.
O filme é sobre um diretor que está fazendo uma versão teatral do conto de Masoch e procura uma atriz para interpretar a personagem principal e eis que surge uma moça, cujo nome é o mesmo da personagem do conto, Vanda.
A história toda se passa tendo apenas o diretor e a atriz como protagonistas e aos poucos, conforme eles vão passando o texto da peça nós podemos ver a evolução do relacionamento de dominante e submisso que se desenvolve entre os dois. Vanda aos poucos encarna a personagem da peça e Thomas, o diretor vai aceitando as demandas e ordens dela e então quase no fim fica claro os motivos que realmente levaram a moça até o teste para a peça.
Por que vale a pena assistir?
É um filme complexo em que podemos ver a evolução das duas personagens, sucumbindo aos seus desejos mais ocultos e se misturando com as figuras dramáticas da peça e apesar de não haver quase cenas de agressão física, a carga psicológica e emocional do filme compensa. Existe um verdadeiro jogo de dominação e dominado e a forma como Vanda vai isolando Thomas até torná-lo seu submisso obediente é um detalhe a parte que vale a pena observar.

5. A professora de piano:

Vou falar a verdade e dizer que cheguei a ver trechos desse filme há alguns anos, mas só o peguei para assistir por completo quando resolvi fazer esta lista. É um filme bastante claustrofóbico e incomodo e que apresenta Erika, uma mulher de meia idade, professora de piano, que vive com a mãe, dominadora e pudica, que julga qualquer tentativa da filha de se arrumar como algo devasso. Em uma tentativa desesperada de fugir do sufocamento emocional causado pela mãe, Erika costuma ir a uma sex shop que oferece cabines individuais com reprodução de filmes pornográficos, entre outros fetiches complexos como voyeurismo e inclinações ao sadismo punitivo e a automutilação masoquista.
E estas são as válvulas de escape de Erika, até que um rapaz bem mais jovem que ela entra em cena, Walter, desejando participar de suas aulas de piano individuais. Preciso adiantar que este é um filme lento, como todos do diretor Michael Haneke, então não espere ver uma explosão de cenas de sexo e dominação, porque não é o que vai acontecer.
Em “A professora de piano” não existe chicotes ou roupas de couro, mas os elementos base de um relacionamento baseado em dominação e submissão estão todos ali. Os personagens são complexos e não podem ser classificados dentro de uma única categoria, nos obrigando a analisá-los mais uma vez a cada nova ação.
Por que vale a pena assistir?
É um filme que representa um relacionamento entre dominante e submisso sem qualquer um dos acessórios estereotipados que se costuma esperar nesse tipo de situação e com uma inversão física de papéis. Erika se mostra uma dominante não apenas com Walter, que nutre sentimentos por ela, mas também com seus alunos, intimidando-os, punindo-os e castigando-os conforme ela acha apropriado, mas que secretamente tem desejos de ser feita submissa. O filme apresenta um relacionamento bastante complexo, doentio e distorcido, do ponto de vista emocional e até mesmo BDSM.

6. O império dos sentidos:
Esse aqui eu fui ver com meus 16 anos e adianto que não é um filme fácil de assistir, nem tanto pelo excesso de sexo explicito nas cenas (este foi um dos primeiros filmes não-adultos japoneses a ter cenas de sexo reais filmadas), mas sim por como a paixão doentia do casal de protagonistas resulta em um final horrível e trágico. Inclusive, quando foi exibido nos cinemas aqui do Brasil, muitas pessoas sairam passando literalmente mal.
O filme conta a história de uma criada e um senhor feudal, que iniciam um tórrido caso de amor. As coisas vão ficando cada vez mais complexas no momento em que ele abandona a então esposa para fugir com a criada, casando-se com ela.
O longa é um desfile de praticas sexuais pouco ortodoxias, dentre as quais citarei aqui a “cena do ovo” e a do “shamisen”. Tudo isso envolto em um relacionamento de interdependência doentia, submissa, por parte da moça e dominadora, por parte do homem. E nós podemos ver o desenvolvimento desse relacionamento conturbado até chegar ao ápice critico onde tudo sai de uma vez dos trilhos.
Vale citar que este é o primeiro filme de uma trilogia de Nagisa Oshima e que os outros dois filmes são “Furyo, em nome da honra” (O qual conta com David Bowie no elenco) e “Gohatto – Taboo” (sobre amor de caserna e relacionamentos homossexuais entre samurais). Todos os três filmes exploram tabus da sexualidade humana, mas este aqui é o mais explicito deles, por isso repito que este não é um filme para quem está acostumado a relacionamentos e cenas de sexo convencionais.
Por que assistir? 
É um filme indispensável para todas as pessoas que tem algum interesse em BDSM, apesar de não apresentar nenhum dos estereótipos ocidentais como chicotes e roupas de couro e látex, o filme nos permite uma observação pessoal e invasiva do relacionamento complexo e perturbador do casal principal, gerando questionamentos sobre até que ponto é amor e quando começa a se tornar uma obsessão. Vale a pena assistir se você está procurando algo um pouco menos convencional e com um final bastante chocante e perturbador.

7. SM Rechter:
Este filme, assim como o seguinte na lista “Le Maitresse” me deu trabalho pra encontrar, baixei o arquivo original (que veio com áudio em francês) sem legendas e então as legendas em inglês separadas. É um filme belga de 2009, baseado numa história real. Conta a história de Koenraad (Koen), um juiz criminal, casado há 15 anos, com uma filha pequena e cuja esposa, Magda, está demonstrando sinais fortes de depressão até que ela acaba tendo uma crise epiléptica nervosa e precisa ser hospitalizada.
Ao voltar para casa, Magda evita contato intimo com o marido que desesperado para ver a esposa melhorar, diz que fará qualquer coisa por ela. É quando ela lhe mostra uma série de esboços que vem fazendo todas as noites, esboços de praticas BDSM. E então quando ele pergunta o que aqueles desenhos têm haver com o casamento deles, ela responde “É isso o que eu quero que você faça comigo, estas tem sido minhas fantasias secretas há trinta anos”.
A partir daqui vemos o desenrolar da história, já que tudo isso acontece nos primeiros 15 minutos do filme, e em como Koen lida com o pedido da esposa, afinal, ele a ama e faria qualquer coisa para deixá-la feliz. Com isso, eles vão juntos a um clube de BDSM e são instruídos pelo dono e Dom do local. Dá para sentir o carinho e o amor das personagens e a melhora na vida conjugal deles, através das sessões praticadas no clube. Magda aos poucos retoma a vontade de viver e Koen fica feliz de ver que a esposa está melhorando.
O tempo passa, Koen envelhece, a filha vai para a faculdade, mas o casal continua executando as práticas no clube, sempre muito apaixonados. Até que, fotos deles vem a tona. Tornando a vida privada do casal, um inferno.
O título significa Juíz SM (de sadomasoquista) e apesar de que quem propôs as práticas foi a esposa, o peso do escândalo, quando as praticas BDSM deles vieram a publico, recaiu sobre Koen, pelo status que ele ocupava na época. Segundo informações, Koen e Magda continuam casados e juntos até hoje.
Por que vale a pena assistir? 
Agora já estamos entrando em um nível de filmes que, não é para todas as pessoas. É um filme bonito sobre o desenvolvimento do relacionamento SM por um casal em que há uma ultima tentativa de ao mesmo tempo salvar o casamento e a saude mental e emocional da esposa e também tem uma abordagem limpa, clara, sincera e não estereotipada do meio BDSM, o inclui o acréscimo de cenas de demonstrações de afeto entre as personagens apresentadas. Existem cenas moderadamente explícitas, mas que valem à pena serem vistas, dentro do contexto apresentado, além do questionamento de “o que é permitido dentro de uma vida conjugal e o que é considerado aceito pela sociedade”. Além do fato de ser baseado em um caso real. Mas preciso alertar que algumas das praticas podem ser consideradas parcialmente explicitas e talvez chocantes, para o publico leigo.

8. Le Maitresse:

Este filme me deu trabalho pra encontrar, já adianto. O baixei sem legenda, com áudio em francês e só então fui caçar as legendas em inglês. Mas valeu a pena.
A história fala de um rapaz que acabou de ser libertado da prisão e por sugestão de um amigo, resolve invadir um apartamento cuja dona, lhe disseram, havia viajado. Mas o que eles não sabem é que o tal apartamento é na verdade o calabouço de uma mestra (uma dominatrix), que por sua vez, reside no andar de cima.
O tal rapaz e a mestra começam a ter um relacionamento. As cenas das sessões são bastante simples e diretas, envolvendo nudez, violência e humilhação moderadas. O mais interessante é que não há julgamento da conduta da personagem pelo rapaz, na verdade ele não apenas a auxilia, mas também participa e até a auxilia em algumas sessões com certos clientes.
O titulo original significa “A mestra”, em uma referência direta a posição dominante da protagonista.
Por que vale a pena assistir? 
Continuando a linha dos filmes “que não são para todos”, este aqui apresenta cenas explicitas de dominação, humilhação e tortura permitida, como por exemplo, pregar o prepúcio de um homem a uma ripa de madeira, entre outras cenas bastante gráficas. Vale à pena assistir se você tem interesse de ver praticas quase reais sendo executadas em frente da câmera. É uma boa representação de BDSM doméstico, ou seja, que não é praticado para visualização de público espectador. Infelizmente, o filme peca em alguns detalhes, mas, no geral, é uma boa representação.

9. The Pet:
Este talvez seja um dos filmes mais complexos e não é por qualquer cena de punição física, mas pelo teor psicológico. Dentro de BDSM existe um tipo de prática chamada “pet” (animal de estimação) onde uma das pessoas se comporta como um gato, um cachorro, um bicho. Quando feito de forma consensual é uma pratica considerada saudável dentro do relacionamento. No filme “The pet” podemos ver dois ângulos distintos, o treinamento consensual e a escravidão e tortura humana, além de colheita de órgãos.
A história nos apresenta Mary, uma moça que está com sérios problemas financeiros, até que ela conhece um homem que se propõe a ajudá-la financeiramente, dizendo que não deseja nada em troca. Mas o que ela não sabe, é que ele a está observando e planeja torná-la seu pet. Durante o filme podemos notar que Mary tem curiosidade e interesse por praticas BDSM, o que a faz aceitar o convite do homem para ser sua pet por, inicialmente dois dias.
O filme é repleto de cenas de nudez, punição e submissão consentidas e não vou mentir e dizer que o conceito de pet visto em filme não é incomodo, mas nada é imposto para Mary, durante todo o filme ela tem o direito de escolha, a chance de decidir se prefere voltar para a antiga vida ou continuar como pet.
Por que vale a pena assistir? 
Na verdade a proposta do filme é denunciar o tráfico de seres humanos, mas dá para se tirar algumas informações sobre o que é “pet”. É um filme interessante que mostra duas formas distintas de apresentar o conceito de “pet”, de um lado temos o treinamento consensual entre dois adultos capazes e conscientes e do outro, temos o horror do seqüestro, abuso e venda de um ser humano. Foi o primeiro filme sobre o tema que eu assisti e o achei bastante limpo e direto, sem grandes romantizações errôneas de um tema tão complexo e que ainda é considerado tabu e com um final perturbador e chocante, mas não pelo que vocês estão pensando.

10.A história de O :

Agora chegamos ao ultimo filme da lista e eu fiquei em dúvida entre este e Justine do Marquês de Sade, mas por este ser uma história um pouco menos conhecida, optei por ele. A história original foi escrita por uma mulher, Pauline Reage e talvez seja uma das melhores obras BDSM escritas por uma autora feminina.
O filme apresenta a história de O, uma jovem que é levada pelo namorado até uma casa para treinamento em submissão, apesar de ela já ser uma submissa perfeita para o namorado, mas a idéia é convertê-la em uma escrava sexual. E após as cenas de iniciação, ficamos sabendo que ela foi levada a casa para ser treinada e então presenteada para um homem, Sir. Stephen.
E apesar de dizerem que ela é livre para partir quando desejar, O permanece na casa, pois quer agradar o namorado, Renée, quer mostrar a ele que pode obedecer suas ordens.
Só quando O é retirada da casa por Renée e retorna a “vida normal” é que descobrimos que ela é fotógrafa de moda e o enredo vai se desenvolvendo e ficando cada vez mais complexo e perturbador, quando O é encarregada de seduzir uma das modelos que ela fotografou e levá-la a casa onde o namorado a deixou há algum tempo.  
Por que vale a pena assistir? 
É uma representação interessante do que podemos chamar de um dos primeiros romances focados no novo BDSM (diferente do material apresentado por Sade e Masoch) e apesar de ter vários erros, o filme apresenta um ciclo vicioso de submissão e amor, onde O não se recusa ou abandona Renée por acreditar que precisa dele, até conhecer Stephen e se ver na mesma posição do ex-amante, ao ter de seduzir Jacqueline.  
Obs.: Preciso frisar aqui que este filme tem algumas cenas de estupro e abuso, por conta do enredo. 

E é isso, gastei quase um mês para montar esta review, não sei se ficou boa, não sei se usei termos e expressões incorretas, mas, dentro do meu limitado conhecimento sobre o tema, me esforcei para fazer uma filtragem satisfatória dos 10 melhores filmes dentro da temática BDSM que vale a pena assistir.

Menções honrosas:
Aqui estão filmes que eu não resenhei por uma série de motivos entre buracos no enredo, representação incorreta do tema ou excesso de imagens chocantes, mas, que ainda assim merecem ser citados. Em todos os filmes há pelo menos uma personagem ou prática diretamente relacionada à BDSM. Exceto por Juliette, todos os outros tem links para download ou visualização online. 
1.               A Bela da Tarde
2.               Amor e restos humanos
3.               La’Apollonide  souvenirs de la maison close
4.               Lanternas vermelhas
5.               Le Marquis
6.               Marquis de Sade’s  Juliette
7.               Marquis de Sade’s Justine (1969)
8.               Ninfomaníaca vol. I e II
9.                O porteiro da noite
10.              Preaching to the Perverted
11.              Romance X
12.              Saló ou os 120 dias de Sodoma
13.              Secretária
14.              Shortbus
15.              The Notorious Bettie Page

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