What keeps you alive [2018]

Depois de "I Saw the devil" esse aqui foi o segundo filme mais perturbador que eu já vi em 2019. [Essa review tem spoilers]
A sinopse, claro, não entrega nada da tensão e do horror da 1h40 de filme. Na descrição diz algo como "casal comemorando primeiro ano de casadas vai para cabana isolada, onde segredos obscuros começam a ser revelados"

Mas, o buraco é bem mais embaixo! Gente dossel! A moça ai do poster é a vítima, tadinha, eu torci o filme inteiro por ela e no finalzinho, bom, deu a entender que apesar de tudo ela sobreviveu.

A "esposa" dela no entanto, é uma psicopata de carteirinha. A mulher é sádica e doentia pra cacete! Mas claro, no começo do filme a gente não sabe disse e eu até pensei que ia aparecer uma terceira pessoa pra atacar elas... SQN.

O filme tem de tudo, tortura psicológica, assassinato, esquartejamento, a moça que foi vítima de tentativa de assassinato pela outra costurando as feridas abertas com linha e agulha, jogando alcool nos machucados, chantagem e comportamento psicopata aos baldes.

Mas apesar de todo o horror, o final compensa, faz a gente se sentir vingado, apesar de não satisfeito.
Agora imagina, é uma psicopata assassina lésbica e diabética. Yep, ela toma insulina. Já viu algo assim? Nem eu!
Não é a toa que esse filme fez um baita sucesso nos festivais lá fora - pena que ele não foi pro circuito comercial, nem mesmo lá nos EUA, por ser considerado muito "pesado" e olha, é mesmo.
Eu ainda tou com um mal estar do caramba aqui, não recomendo pra quem tem estômago fraco.
O gore é moderado, tem sangue, mas não é um esguichador de jardim, o que pesa mesmo é a tortura psicológica, a confirmação de que alguém com quem você convivia há mais de um ano, com quem você se casou e que pensava que te amava, na verdade, só queria te matar pra coletar a apólice de seguro.
Isso tudo é amplificado pelo elemento LGBT da equação, porque pessoas deste grupo social já sofrem com a rejeição e a falta de amor e quando enfim a personagem, Jules, acha que encontrou uma moça que a ama, descobre, da pior forma possível, que era tudo uma farsa.
As informações sobre o passado da outra, Jackie, começam a aparecer quando uma ex-amiga de infância passa pela cabana. Pra começar, a chama por outro nome, não com o qual ela se apresentou a Jules (Jackie) e a coisa só vai ficando cada vez mais bizarra.
Em alguns pontos esse filme me fez lembrar de "Revenge" da Coraline Fargeau, mais especificamente a cena em que a Jennifer é empurrada do penhasco [mesma coisa que acontece com a Julie].
Enfim, tá ai a minha opinião. Realmente não errei ao indicar esse filme como um dos filmes LGBT de terror pra ver no Halloween (post que eu fiz ano passado).

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