Big Driver

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Escrevo isso as 22h45 de sábado, 20 de Dezembro de 2014. Acabei de assistir ao especial de tevê Big Driver, adaptado da obra de mesmo nome de Stephen King. A seguir minhas singelas opiniões sobre a adaptação (um detalhe, ainda não li o conto que deu origem a adaptação).

Tess é uma conhecida e renomada escritora de livros de suspense policial, tudo vai muito bem na sua vida profissional, até que ela é convidada para fazer uma palestra em outra cidade. No momento em que irá voltar para casa, a organizadora da tal palestra lhe passa um endereço de um “atalho”. Uma estrada descampada e cheia de buracos, que acaba resultando no furo de um dos pneus, por conta de tábuas com pregos jogadas na estrada. Após algumas tentativas, ela finalmente consegue que um motorista pare para ajuda-la, mas, na realidade, o que ele queria era violentá-la.
Aqui preciso abrir um parêntese para falar desta cena específica, que dura uma média de oito a dez minutos, e que eu precisei pular, pelos motivos que todos aqui já sabem, eu abomino cenas de estupro além do que, estas me causaram ainda mais nojo e náuseas que as “normais” (se é que existem cenas normais desse tipo). Mas enfim, esse salto de dez minutos que eu dei não atrapalhou em nada o entendimento do filme, na verdade, até o tornou menos traumático.
Após o trauma inicial, Tess resolve se vingar tanto da organizadora da tal palestra, que então fica claro para ela, foi quem a enviou para o estuprador, como também do próprio. E o plot do resto do enredo é esse, ela se vingando deles. Mas tem alguns detalhes interessantes, como a projeção semi-física de uma das personagens de Tess, Doreen, e o desenvolvimento de personalidade de Tom, a voz do GPS do carro da escritora.
A parte disso, o filme é bem plano. Irritante na verdade. No fim ela descobre que o irmão do cara faz parte das coisas feitas por ele, e que os dois filmam e fotografam os abusos, antes de desovar as moças mortas em canos de esgoto afastados (sim, porque ela não foi a primeira vítima). Ela então mata a organizadora da palestra, que descobrimos ser mãe do tal, então o irmão, o qual ela inicialmente pensa ser inocente e por fim o estuprador. Aqui eu preciso ressaltar que Tess desenvolve um requinte de crueldade único, atirando primeiro na perna dele, depois na barriga e por ultimo no saco escrotal, deixando-o sangrar até a morte. Estuprador morto, vingança feita, ela volta para casa e continua escrevendo.
Como eu disse, o filme é plano (flat, se preferir) e serve mais como um passatempo bastante mórbido (idem para outra adaptação de 2014 de um conto de King, “Mercy”, do conto “Vovó). Notasse que os diretores atuais não estou fazendo o mínimo esforço para transformar um conto em um filme atraente, que prenda a atenção do expectador e faz com que anseie pela próxima cena. (Tenho medo do que irão fazer com o remake de “Dança da Morte”).
Enfim é isso, se você não lida bem com cenas de estupro, fique longe do filme “Big Driver”, se você gosta de enredos baseados em vingança, assista-o.
Eu particularmente, em uma escala de 0 a 10, daria um 5,5 pelo esforço de tentar prender a minha atenção.

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