The Serpent and the Rainbow
The Serpent and the Rainbow (ou como saiu por aqui “A maldição dos mortos-vivos).
Obs.: No começo do filme o título original é explicado, dizendo que, segundo a cultura haitiana, a serpente representa a vida terrena, esta que vivemos agora enquanto que o arco-íris representa a pós-vida, a morte, a vida eterna. E entre estes dois símbolos todas as criaturas devem nascer, viver e morrer.
Não se deixe enganar pelo título brasileiro, este filme não é o longa-metragem padrão de zumbis comedores de cérebro. Na verdade, aqui a condição morto-vivo é tratada de forma mais séria e quase científica.
A história se passa no Haiti, durante a implantação de um regime ditatorial, um homem que foi dado clinicamente como morto, aparece perambulando pelos cemitérios de uma cidade.
Um médico americano é então convidado a ir até o país para analisar o caso e a cada passo que ele se aprofunda neste complexo mundo do vudu haitiano, mais as coisas começam a ficar assustadoras. Ainda assim, o filme pende mais para uma aventura fantástica do que para um filme de terror propriamente dito, até porque, a narrativa se sustenta com base na cultura haitiana, e não na ideologia batida do zumbi que nós temos vinda dos EUA.
Infelizmente, o filme comete um erro logo no começo do filme que me incomodou um bocado. O personagem está na floresta amazônica, falando com uma tribo de índios e quando ele pede para o interprete traduzir o que disse para o chefe, o interprete fala espanhol! Brasil, a gente fala… Brasileiro! Não espanhol!
Mas tirando essa gafe, o filme como um todo é bem interessante e consistente, com algumas pitadas de terror visual como aparição de cadáveres em fase de decomposição e decapitações, além de uma longa e perturbadora cena do personagem principal sendo enterrado vivo - sob o efeito do tal "pó zumbi”.
Agora, pasme, este filme foi dirigido pelo Wes Craven (A hora do pesadelo e Pânico), provando que o homem também sabia dirigir filmes mais sóbrios e com um tom mais sério, mesmo dentro do gênero terror.
O filme tem 30 anos [foi lançado no ano que eu nasci] mas continua atual, especialmente na parte que apresenta as revoltas populares contra o regime ditador instaurado a força.
Recomendo para quem busca algo fora do padrão do “zumbi americano”, que gosta de culturas diferentes e tem interesse em conteúdos místicos e misteriosos.
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