Rosemary’s Baby [minissérie]

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Então vamos lá, ontem, eu peguei para assistir essa minissérie em 2 episódios, que é um remake do classico filme de Roman Polansk, inspirado no livro homônimo de Ira Levin. 


Pra quem não conhece a história, vai aqui uma sinopse básica: um casal jovem se muda para um prédio luxuoso e tudo vai as mil maravilhas, até que uma noite, a esposa, Rosemary, tem um pesadelo no qual ela está sendo violentada pelo próprio demônio e dias depois descobre estar grávida. O resto do filme é sobre toda a tensão, medo e desespero que a pobre moça passa durante a gravidez, com um final em aberto.
Agora a minissérie. Reenquadrada para os dias atuais, com celular, notebook e internet e re-alocada para Paris - França, tem um desenvolvimento muito bom e com um adendo interessante, nessa adaptação, a atriz que interpreta Rosemary Woodhouse é negra (e linda, diga-se de passagem). O plot original foi preservado e pelo fato de a série ter sido produzida pela NBC, teve um acréscimo de cenas de violência/estripamento/tortura+a cena de estupro da Rosemary ficou com um quê meio de sonho macabro, mas ainda assim incomodo. quem não curte referências a estupro, fique longe da minissérie.
O desenvolvimento é meio corrido, talvez pelo fato de ser uma produção de 2 episódios de 1h30 cada um, mas eu achei bem amarrado. Só tem uma coisa que me irrita nesse filme/livro/minisserie, que é o famoso gaslighting (que é o ato de um homem diminuir ou desmererecer algo que uma mulher fala e até fazer ela acreditar que está ficando louca), porque é em cima disso que O bebê de Rosemary trabalha, com o fato de que a pobre moça está enlouquecendo e que é tudo influência dos hormonios da gravidez.
Na minissérie, tem um prelúdio antes dos Woodhouse irem morar no La Chimere, que apresenta uma moça, também grávida e desesperada, subindo na janela e se jogando para a morte, sussurrando “eles jamais terão o meu bebê”. e dai começa a história da Rosemary.
uma cena clássica que aparece em ambas as adaptações, e a da Rosemary comendo carne crua, desejo bizarro da gravidez.
Pontos positivos: eu achei a Rosemary dessa minissérie mais ativa, interessada, curiosa, investigadora se comparada com a da Mia Farrow e mais voluntariosa e decidida também, tem momentos em que ela briga com os outros personagens e faz ser ouvida e ali eu tive um quezinho de esperança para ela.
Pontos negativos: O gaslighting e a apresentação corrida dos fatos.
O desfecho também foi melhor que o do original, talvez pelo auxilio da tecnologia. Para quem viu o original dos anos 60, deve lembrar que a cena final é a Rosemary gritando “o que tem de errado com os olhos dele?” quando vê o bebê. Nessa versão, arrumaram um bebê negro lindo e fofo e fizeram um jogo de imagem com os olhos dele, transformando-os em azul-turqueza. O final é Rosemary empurrando o carrinho do bebê e um casal dizendo que o bebê dela é lido e ela respondendo “eu sei, ele é perfeito”.

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