LIFE [2007]
Ontem eu peguei pra assistir esse dorama, chamado "Life" que é composto por 11 episódios e aborda o ijime (bullying) no Japão.
A série tem alguns pontos meio exagerados e super dramáticos no roteiro, mas num geral, sabendo o que eu sei sobre o comportamento da sociedade japonesa para com os jovens, dá pra acreditar que tudo aquilo acontece nas escolas mesmo.
Tudo começa com uma menina chamada Ayumu e sua amiga, Chii, elas estão estudando para o concurso que as deixará entrar em uma certa escola de ensino médio (no Japão, além dos colégios cobrarem mensalidade, ainda é necessário fazer uma espécie de vestibular e tirar uma nota acima da nota de corte para entrar). Ambas estudam muito, mas, só Ayumu consegue entrar.
Chii fica indignada e (sabe-se lá porque) diz que a culpa de ela não ter entrado foi da Ayumu (e então a Chii tenta se sui*i*ar) e adivinha quem se sente culpada? Exato, a Ayumu, que após ser enxotada pela ex-amiga, que diz que ela deveria m*rrer, vai estudar no tal colégio para o qual ela passou. E é aqui que o ijime realmente começa.
Ela faz amizade com uma menina chamada Maname, que aparentemente parece legal, mas, como tem em toda escola, é na verdade uma garota má, mesquinha e manipuladora, que certo dia, tomada por ciumes de uma colega de classe que saiu numa revista, resolver perseguir a menina e chantageia a Ayumu para acompanhá-la, afinal "somos amigas, não é?".
Ainda tem também o namorado da Mana (apelido da Maname) que é um sádico doentio aos 16 anos, que coleciona fotos não consensuais de mulheres amarradas e amordaçadas (não, não dá pra chamar de bondage se não é consensual) e em paralelo, leva altas surras do pai, quando este descobre que o menino quis terminar o namoro com Mana (que é filha do superior do pai dele). Então aqui a gente tem um ciclo de abuso que acaba culminando na boba da Ayumu.
O dorama é de deixar a gente com tanta raiva que dá vontade de entrar na tela e dar uns supapos nuns personagens.
E em paralelo a isso, mostra o descaso da escola para com o bullying e as tentativas de esconder tudo debaixo do tapete para "não manchar o nome da escola", inclusive, uma professora começa a sofrer ijime de seus colegas, quando ela tenta se pronunciar sobre os abusos sofridos pelos estudante. (sim, não é só a Ayumu que sofre ijime).
E ainda temos a mãe da Ayumu, que tem um filho mais novo, primeiro da turma (orgulho da mamãe) e a mulher só consegue exigir notas altas e cobrar produtividade da menina e não vê os sinais de que ela está sofrendo, apática e emagrecendo.
Em contra partida temos pelos menos uma personagem boa no dorama, uma garota chamada Miki Hatori que ajuda a Ayumu, pois ela mesma já vem sofrendo ijime desde o primeiro ano do ensino médio.
O final foi meio didático-robótico-agridoce e por isso eu não curti muito. Claro, os "maus" são punidos e os que sofriam ijime são deixados em paz, mas, foram 11 episódios pra chegar até lá.
Enfim, eu dei uma nota 07 de 10 pra esse dorama, só não ganhou uma nota maior por causa de alguns furos no roteiro, mas num geral ele server como um alerta e uma crítica para os adultos de como as cobranças e vista grossa relacionadas aos abusos sofridos pelos adolescentes podem causar marcas profundas e perenes.
Fica a dica para quem gosta de drama incomodo.
**Não tem cenas de abuso, violência contra animais ou nudez explícita.
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