Subconscious cruelty [2001]


**Aviso, esta review contém spoilers.

Esta semana que eu tirei de folga da internet, assisti mais um filme da lista de "perturbadores", esse ai do poster e adianto, o negócio é... repulsivo. 

Mas, para os apressadinhos de plantão vale frisar que ele também é bem complexo e arrastado.  O filme tem só 1h20 de duração, mas parece ter 3 horas, pela lentidão com que os três segmentos se desenvolvem.

O longa começa explicando a dinâmica dos lados direito e esquerdo do cérebro, o direito é o onírico/sonhador enquanto o esquerdo é o racional/calculista. 

A câmera então vai para uma câmara e exibe uma mulher nua e então uma mão de unhas vermelhas e longas, faz uma incisão na altura de onde fica o ovário desta mulher, mergulha dentro do corte e tira de lá... um olho. 

Daqui somos apresentados ao primeiro segmento, Humain Larvai, que conta em uma narrativa em off (áudio de fundo e imagens) sobre um casal de irmãos vivendo em uma casa caindo aos pedaços. A moça está grávida e o rapaz começa a ter ideias doentias envolvendo o feto. 

Neste segmento, tem uma cena que olha, eu fiquei doida pra pular, mas me segurei e vi porque a ideia era assistir inteiro, sem pular nenhum segundo, mas foram quase 8 minutos de um close bem perturbador do canal de parto da moça, jorrando sangue a rodo. 

O segundo segmento, chamado Anti eden, apresenta um grupo de pessoas... copulando com a natureza. Sim, é exatamente isso que você leu, tanto as moças quanto os rapazes do trecho fazem coisas bem... explícitas com o solo, galhos, plantas e etc+um rapaz faz sexo oral em um objeto afiado e a tal terra solta uma gosma marrom-avermelhada quando é penetrada. 

A última história é sobre um homem aparentemente religioso, que após assistir um conteúdo pornográfico (bem incomodo, cujos closes focam-se apenas nas genitais dos atores), se vê em uma espécie de universo paralelo onde primeiro, seu pênis é descacado, como uma banana e então, masturbado por longos minutos (lembra da cena da parte 1? Então, de novo). 

Em paralelo a isso temos uma representação de jesus que é canibalizado por três mulheres, em uma representação visceral da comunhão. 

Agora, se você está esperando um fechamento explicativo, vá tirando o cavalinho da chuva, porque depois desta última história, o filme termina de forma abrupta, mostrando o tal homem religioso que se transformou em uma criatura deformada. 

Ficou claro que a ideia do diretor, Karim Hussen, era abordar e criticar as práticas sexuais e tabus da raça humana de forma incomoda e ao mesmo tempo, surrealista e experimental. 

Eu vinha protelando de ver este (e mais alguns que eu já vi antes) há alguns anos, agora eu posso dizer que vi e que não pretendo rever nunca mais, mais pela lentidão do desenrolar da história, do que pelas cenas em si, apesar de que, o conteúdo é pesado e violento e pode impactar negativamente pessoas que não estão acostumadas com esse tipo de conteúdo. 

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