Livro - Hellraiser
Comprei o livro Hellraiser da Editora Darkside na promoção de Black Friday, junto com um exemplar de Psicose (o qual futuramente receberá uma review também). Vale frisar para começo de conversa que Eu li o livro em 5 dias.
Enfim, começando pela editoração e encadernação do livro. É simplesmente impecável. A capa imita couro com os desenhos em detalhes dourados e dentro do livro há algumas ilustrações feitas pelo próprio autor, Clive Barker, além de uma delicada fita de cetim preta que deve ser usada como marcador durante a leitura.
Passando para a narrativa em si, o filme de 1987 é uma reprodução 100% fiel ao livro, já que, entre outras coisas, o mesmo foi dirigido pelo próprio Barker. E como eu vi o filme para depois ler o livro, me senti tendo um agradável Deja vu das cenas descritas mas com uma gama mais ampla de emoções e sentimentos.
É preciso frisar que Barker faz um misto impecável entre a escrita coloquial, simples, clara, direta com algumas palavras de um vocabulário mais rebuscado e complexo, mas mesmo assim, isso não tira o ritmo da leitura, que é bastante fluído.
No entanto a descrição dos cenobitas fica totalmente a cargo do leitor, já que, ao contrário do filme em que nos é entregue uma imagem de bandeja de cada um dos personagens infernais, no livro, as descrições são bastante vagas, deixando espaço para que preenchamos as lacunas da forma que mais nos agrada.
No livro também é explicado por cima a origem da caixa de Lemarchand (ou Dispositivo do Lamento), mas de forma muito rápida e banal, como se falasse de uma mancha no chão ou um rasgo no estofado da cadeira.
A sinopse rápida, já que livro e filme se confundem durante esta análise:Frank é um homem do mundo, interessado por curiosidades obscuras e estranhas. Certo dia em uma de suas viagens, ele se depara com a caixa de Lemarchand e após algum tempo fazendo serviços escusos para o atual dono do objeto, finalmente o adquire. - Voltando para casa, ele faz o ritual, acreditando que encontrará prazeres mundanos além da imaginação, mas, o que vem buscá-lo está muito além do que os humanos compreendem como prazer, pois os Cenobitas tem uma compreensão diferente do que os satisfaz.
Passa-se algum tempo, até que o irmão de Frank, Rudy, se muda com a esposa, Julia, para a tal casa e após Rudy sofrer um acidente e ferir a mão, o sangue que pinga no assoalho do quarto no qual Frank foi abduzido, é absorvido pelo chão. Esse sangue é o primeiro passo para Frank retornar ao plano terrestre.
O resto da história, falando por cima, consiste em Julia, que foi amante de Frank antes de casar com Rudy, atraindo homens para a casa, com o intuito de que seu amante descarnado absorva o sangue e os nutrientes da vítima, se recompondo por completo. Ao mesmo tempo em que, do outro lado do véu, os cenobitas continuam a caçada incessante a Frank, pois ninguém conseguiu escapar deles com vida sem sofrer as consequências.
Eu sou uma pessoa suspeita para falar de Barker, já que adoro todos os trabalhos dele, mas, fica a recomendação para os iniciantes no gênero terror. A narrativa é fluída e gostosa de se ler, as descrições amplas o suficiente para que o leitor possa idealizar os personagens como bem quiser, a apresentação do livro é igualmente bela, e a premissa de fundo, uma viajem ao inferno das torturas e prazeres é um tema bastante interessante de se ter contato.
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