Esquadrão Suicida

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Eu esperava o lançamento deste filme desde que o primeiro trailer foi exibido na Comic con de San Diego em 2015. Eu e uma amiga contamos no calendário os meses que faltavam para a estréia. Confesso que nunca fui grande fã de HQs famosas, como são as das duas maiores companhias do mercado – Marvel e DC. Prefiro mais as alternativas e menos conhecidas, mas, o trailer me cativou e eu desenvolvi certo interesse por ver a Margot Robbie dar vida a Harley Quinn. E claro, uma nova personificação do Coringa foi um ponto extra, pois como eu já disse em outra review, sou grande fã do personagem.
Muito bem, informações iniciais, ao contrário de todas as minhas outras reviews, que foram feitas cuidadosamente enquanto eu assistia ao filme, esta aqui está sendo feita algumas horas após eu ter saído do cinema então peço que relevem algum detalhe que eu possa ter esquecido e também a forma meio apressada como eu fiz a analise. Fiz a review para cumprir uma promessa feita a uma amiga, futuramente se houver interesse de um numero x de pessoas, posso rever o filme e fazer uma analise mais detalhada.
 A história começa com Amanda Waller, personagem de Viola Davis (Annelise Keating – HTGAWM) apresentando para alguns oficiais das forças especiais uma lista de possíveis “candidatos” para a formação de um esquadrão. É apresentado cada um dos integrantes, dentre os quais temos O Pistoleiro, um assassino de aluguel que jamais perdeu um alvo. Ele é interpretado por Will Smith. Katana, uma japonesa cuja espada aprisiona as almas dos que forem cortados por sua lâmina. Diablo, um meta-humano (lembre-se que “mutante” é coisa da Marvel) que pode gerar e controlar o fogo. O Crocodilo (e esse aqui eu preciso dizer, me dava desespero cada vez que aparecia na tela) e entre tantos outros personagens, temos Magia. Uma bruxa milenar que encarnou no corpo de uma jovem pesquisadora.
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Antes de eu ir assistir, fiquei sabendo de criticas negativas sobre o filme, as quais eu fiz questão de passar longe, afinal, não queria que minha opinião fosse influenciada por terceiros. Infelizmente, preciso dizer que o filme tem alguns erros bem incômodos de roteiro. Entre eles o mau aproveitamento de dois enredos simultâneos e uma sequência de cenas inteira que não fizeram o menor sentido e pareceram terem sido enfiadas ali apenas para encher lingüiça (o que parece ser uma prática bastante comum das adaptações DC veja o que fizeram em A Piada Mortal).
Magia é a personagem-foco do enredo principal do filme. Ela está sendo feita refém por Amanda, que mantêm o coração da bruxa sob seu poder. Mas em certo momento a feiticeira acaba fugindo e quer vingança contra toda a humanidade. O esquadrão é convocado para detê-la. Entendeu o buraco no enredo? Eles foram convocados para deter uma criatura que até pouco tempo estava sob o poder da mulher que os convocou.
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O enredo secundário ficou por conta do Coringa de Jared Leto e sua busca para resgatar Harley Quinn. Aqui eu preciso abrir parênteses, todo mundo que conhece um mínimo do universo DC sabe que o relacionamento deles é abusivo e isso fica parcialmente claro no filme, mas, ao mesmo tempo os roteiristas tentaram maquiar como uma espécie de amor desesperado e dependente. O que, eu preciso dizer a vocês, não é condizente com as personagens! Douraram totalmente uma pílula podre, que é o relacionamento desses dois. Mais um ponto negativo para o filme.
Leto fez um ótimo Coringa, eu admito. O comportamento dele pendeu bem entre a loucura e o egocentrismo, usando desde trajes no melhor estilo rapper até um smoking formal. O que me fez lembrar um pouco da versão interpretada pelo Nicholson. A interpretação da personagem em si foi totalmente fiel, mas apenas nas cenas em que ele não interagia com a Margot Robbie, porque nas que eles contracenaram, dava pra ver os cordões dos roteiristas puxando os dois.
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Pontos positivos. Sim, tiveram alguns. A fotografia é incrível, a atuação do elenco também e claro, a trilha sonora, gostei tanto que vou procurar pra baixar. O enredo de fundo dos personagens Pistoleiro e Diablo também são um detalhe que merece atenção e claro, a personagem da Viola, Amanda. Uma mulher no poder, forte, decidida e com permissão total para mandar e contratar assassinos perigosos.
E teve também a Harley Quinn da Margot, que foi um misto da representada na animação clássica, especialmente no jeito de falar (acontece até uma referência indireta a personagem original no filme) e algo novo e fresco e apesar de todos focarem apenas na hiper sexualização da personagem – não vou mentir e dizer que não notei, aconteceram quatro closes propositais e sem sentido do traseiro da atriz durante o filme, e sim, eu contei – mas pude ver que a Margot se esforçou para ser mais que um corpo bonito numa roupinha apertada. Ela foi a veia cômica do filme e deu aquela leveza que serviu de contrapeso pro enredo tenso e violento.
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Não quero apresentar preferência, mas preciso dizer que os roteiristas da DC necessitam aprender um pouquinho mais com os da Marvel. O filme não é ruim, têm explosões, tiros e tudo o mais que filmes de ação merecem ter, a história de fundo de cada uma das personagens é coerente e consistente, mas, para mim, deixou um pouco a desejar pela desorganização do enredo.
Vale a pena ir ver no cinema? Sinceramente? Só se você for muito fã de adaptações da DC ou do Jared Leto, do Will Smith ou da Viola Davis. Se você está querendo ir só pelo furor do momento, sugiro guardar os trocados e esperar sair em DVD ou mais algumas semanas e já tem pra download em torrent. Entretanto não posso dizer que me arrependi de ter ido assistir no cinema porque fui para sair um pouco de casa e a companhia que estava comigo durante a sessão, a amiga que eu citei no começo do texto, fez tudo valer a pena.
“Eu não vou te matar, eu só vou te machucar pra valer”

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