Holydays

Eu vi o cartaz deste filme enquanto conferia se já havia saído episódios novos das séries que acompanho e me interessei. Pensei, porque não baixar? Para quem não sabe, “Holyday” significa “Feriado” e o filme fala sobre isso, sete feriados pontuados por um clima muito macabro. Afinal, é um filme de terror. Não sou grande fã desses filmes de terror da nova safra (entenda como anos 2000), mas resolvi dar uma chance pra esse aqui.

O filme é composto por oito histórias curtas que se passam nos seguintes feriados: Dia dos namorados, Dia de São Patrício, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Halloween, Natal e Ano Novo. Separei uma sinopse rápida das três que eu gostei mais.

O primeiro feriado é o “Dia dos namorados”. A história apresenta um amor não correspondido de uma aluna do ensino médio pelo treinador da equipe feminina de natação. E tem toda essa coisa de Bullying com a garota, pois ela é considerada “gorda e esquisita”. O treinador, após ouvir as outras alunas ofendendo a menina, fica com dó e escreve um cartão de dia dos namorados para ela (vale lembrar que nos Estados Unidos, diferente do Brasil, não são apenas casais de namorados que trocam cartões, amigos de escola, professores e parentes também estão incluídos na lista). Infelizmente aos poucos fica claro que a garota, Maxine, tem problema para lidar com a realidade e a distorce, então, ao invés de ler “do treinador para Maxine” ela lê “Com amor, do treinador para Maxine”. O desfecho desta primeira história, eu adianto a vocês, foi um bocado macabro. 

Dia dos Pais é o seguinte. A personagem principal é Carol, uma professora que mora sozinha e que ao chegar a sua casa um dia encontra um pacote na sua porta dentro do qual está um gravador antigo, com uma fita K-7 dentro. É uma mensagem do pai dela, que a abandonou quando criança. A voz masculina pede desculpa por tê-la abandonado e diz que não queria fazer isso e pede que ela vá até o lugar onde eles brincavam quando ela era pequena e então, toque o lado B da fita. Esta foi sem duvida a história mais tensa e instigante do filme, você acompanha Carol na busca pelo pai enquanto o ouve falar na gravação. E o desfecho é igualmente perturbador.

Chegamos ao recheio cremoso desse bolo de terror. Claro que eu estou falando do Halloween. Um dos feriados mais esperados e comemorados nos Estados Unidos. Mas diferente do famoso Trick r’ treat que estamos cansados de ver as crianças fazendo nos filmes sessão da tarde, nós vemos um lado mais sombrio e sujo do Halloween.

Tudo começa com um cara falando com garotas pelo telefone. Ele as alicia para fazerem vídeos-chamada eróticas. Eu preciso dizer que o cara não passa de um cafetão que maltrata as moças que ele alicia e atrai para a cidade? Pois é, ele é. Apesar de esta história ter o pior jogo de câmeras de todo o filme, eu preciso frisar que é a segunda mais realista, no melhor estilo jogos mortais 1.

Cada história dura uma média de 15 a 20 minutos e todos os “contos” terminam apresentando um cartão temático da data, que ao se abrir, revela o nome do(s) roteirista(s) daquela narrativa.

Okay, agora, se você leu até aqui e está que é só ansiedade para ver este filme (ou talvez não), tem algumas informações que eu preciso te dizer, caso por algum motivo não consiga lidar com certos tipos de cenas. Têm cenas de vômito incessante, no melhor estilo “O Exorcista”, animais sendo devorados vivos por um parasita humano, referencia “maquiada” a estupro e amputações violentas.

Opinião final? Olha, serve pra passar o tempo, mas é aquele terror popcorn de Hollywood que dá muito nojo, pouco susto e muito nervo. Recomendo caso você esteja querendo preencher o tempo enquanto espera para fazer outra coisa. Só teve uma coisa que eu gostei no filme e foi a abordagem narrativa que me fez lembrar um compilado de “contos da cripta”, “contos da escuridão”, “mestres do terror”, todas essas séries de horror clássico, fantasioso e contemporâneo com temas para todos os tipos de… Gostos.

Happy Holydays!