Slenderman - Pesadelo sem rosto
Então, finalmente eu vi “Slender man”. Levei dois dias pra ver o tal filme e não, não é porque era muito assustador, é porque era muito chato!
Pra quem não sabe, a lenda do Slender man surgiu há alguns anos, quando um grupo de garotas assassinaram uma das amigas e disseram que fizeram isso por ordem da criatura. E esse é o plot de todas as creepypastas que circulam em volta da figura assustadora, mas, infelizmente, no filme, a ideia foi extremamente mal aproveitada e negligenciada.
O elenco principal é predominantemente feminino, o que, poderia ter sido incrível, mas, infelizmente, como aconteceu com “Dobra no tempo” os roteiristas deram um tiro no pé - ou talvez deixaram seu machismo aflorar - e representaram as garotas como ratinhas histéricas.
Tudo começa quando elas veem um video de invocação do Slender man na internet, e então, uma por uma começa a ser abduzida pela criatura. E isso aqui teria sido um enredo incrível, se, não tivesse sido desperdiçado com toda aquela porcaria adolescente descartável de roteiro.
As cenas de “susto” não passam de um monte de jump scares. Existe uma técnica para descobrir se a cena realmente assusta ou se é só induzida pelo som alto e repentino. Reveja a cena sem som, se te causar qualquer tipo de mal estar ou pavor, então, é uma boa cena. Infelizmente, este filme só se apoia no jumpscare, coisa que eu particularmente detesto, porque torna o filme algo pobre e vazio.
O filme também tenta parecer cult e underground usando sequencias de cenas aleatórias em câmera acelerada, intercaladas com as situações vividas pelas garotas. Você deve saber de que tipo e cena eu estou falando, se não, procure no youtube por “réquiem para um sonho”.
Se “A bruxa de Blair” tivesse um irmão caçula, certamente ele seria “Slender man”, porque ambos são péssimos e se sustentam em cima da paranoia coletiva, artificio de roteiro extremamente irritante e muito pouco competente.
A criatura em si mal aparece, apenas flashes de visões ou alucinações. A impressão que eu tive foi que as garotas consumiram algum tipo de droga alucinógena de longo prazo e que na verdade estavam experimentando “flashbacks” (que são visões geradas como efeito colateral do uso de certas drogas).
E se pelo menos eles tivessem usado essa linha narrativa, o filme talvez ainda fizesse algum sentido. Mas a coisa toda parece uma grande bagunça, em que nada explica nada, e a gente termina de assistir com mais duvidas que respostas, o que, no caso desse filme em específico, não é uma coisa boa.
Enfim, foi um péssimo aproveitamento de uma creepypasta tão incrível e com tanto alcance e apelo emocional, uma hora e meia da minha vida que eu jamais vou recuperar e, atuações medianas e robóticas direcionadas para um publico adolescente que ainda não teve o paladar cinéfilo desenvolvido e por isso, consome qualquer coisa.
Não recomendo. Se você está procurando um conteúdo legal em video adaptado de creepypastas, vá ver Channel Zero, a temp.4 está saindo agora, e as outras três anteriores são incrivelmente superiores a este filme.
O fato é que, quando saiu o trailer eu já tive certeza que ia ser uma porcaria, mas né, precisava ver para confirmar minha teoria.
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