Os estranhos - caçada noturna [2018]

Aviso: este texto contem spoilers

Eu assisti o primeiro "Os estranhos" (2008) há uns dois anos e é um filme de home invasion incrível, perturbador e claro, sem final feliz. E quando terminei de ver, criei uma teoria de que os três assassinos faziam parte de uma mesma família, a loirinha era a filha, a que usa máscara de betty boop era a mãe e o cara de saco-de-linhagem era o pai (a dedução veio pelas mãos dos três).

Okay, tudo bem até aqui, o primeiro filme foi ótimo! 

E eis que então hoje eu resolvi ver a continuação (que recebeu péssimas críticas do público) e assim, eu tenho de discordar, a continuação não é ruim (com exceção da cena final no hospital - ugh, que cena idiota).

Agora somos apresentados a uma família, pai, mãe e dois filhos que vão ficar uns dias num parque de trailers cujos donos são tios da esposa - mas, que foram previamente assassinados pelos três maníacos dias antes. 

Então, quando a família chega e encontra um suposto recado do tio dizendo que ele e a esposa precisaram sair, mas que eles podiam ir se alojando. A filha "rebelde sem causa chata do caramba", sai passear no parque de trailers e junto do irmão, encontra o trailer dos tios aberto - e claro, o casal está esquartejado lá dentro. 

Antes disso a assassina loira faz o mesmo modus operandi do primeiro filme, batendo na porta do trailer da família e perguntando se "A Tamara está?". 

Daqui pra frente começa o massacre, a mãe morre primeiro. Depois o pai. O irmão consegue abater uma das duas mulheres, a da máscara estilo betty boop, mas é esfaqueado pelo cabeça-de-saco dentro da piscina (esteticamente essa cena é bem feita). 

A garota consegue matar a loirinha escrota, mas é perseguida pelo cabeça-de-saco, que mesmo queimado e com um pedaço de vidro enorme enfiado na barriga, continua perseguindo a garota. 

No fim, ela se salva, pedindo carona para uma mãe e seu filho e fugindo na traseira de uma caminhonete (numa cena que lembra demais a Marilyn Burn em "O massacre da serra elétrica" original).

Os três foram mortos, acabou né? Afinal, apesar de serem assassinos em série, eles eram humanos. Certo? Hmm, não exatamente... O irmão da menina sobrevive, apesar das facadas. Ela e ele estão no ambulatório do hospital e quando ela está pegando um copo de água, alguém bate na porta do quarto - que está fechada. 

Ela derruba o copo de água e bam... o filme termina. 

Eu achei isso meio... Broxante, tipo, não, esses três não eram o Michael Myers ou o Freddy Krueger, eles eram humanos e eu ia adorar ver a polícia conectando os crimes do filme de 2008 a esse aqui e puxando a ficha criminal dos três assassinos. 

O "gancho" da cena final serviu só pra tentar transformar sociopatas humanos em criaturas imortais, coisa que eu acho chato pra caramba. 

Mas, num geral o filme é divertido, é legal ver o plot twist das vítimas revidando os ataques, as cenas de morte são bem feitas, as de perseguição e as coreografia de golpes são satisfatórios e claro, a trilha sonora que só tem música dos anos 80 tem lá seu charme, mas a cena final, acabou estragando tudo.  

Então, você tem duas opções: Assistir só o filme de 2008 ou ver também esse aqui de 2018, mas tendo em mente que eles não tem conexão e dá a entender que não se leva tão a sério como o anterior.