Censor [2021]

Assisti esse filme ontem e assim, não foi ruim, mas foi bem esquecível e eu não tenho a menor vontade de ver de novo.

O filme fala de Enid, uma censora britânica de filmes nasty (que são filmes que o orgão de censura britânico julgaram impróprios para consumo pelo público e as vezes, apesar de fazer grandes cortes, decidiam por fim não liberar a locação e comercialização das fitas, por conta do "conteúdo perturbador").

Enid é ótima no que faz, cortando até mesmo cenas ridículas que passariam despercebidas até mesmo pelo público. 

Ela tinha uma irmã, que desapareceu quando eram crianças. 

Em paralelo a essa informação, temos a notícia de que um homem assassinou a família e reproduziu comportamentos de um dos personagens de um dos filmes censurados (e liberados) por Enid e ai, claro, a mídia começa a assimilar a ação do tal homem ao filme e cercar a moça, questionando como ela deixou tal cena passar. 

Ao mesmo tempo, vemos que os pais de Enid querem dar a filha desaparecida como morta, afinal faz mais de 15 anos que a moça sumiu, mas Enid não aceita, pois acredita que a irmã ainda está viva. O filme trabalha bastante na paranoia, mas perde o ritmo várias vezes, tentando jogar dicas mal explicadas sobre o suposto desaparecimento da irmã, em paralelo ao trabalho de Enid no órgão de censura. 

A cena final é até interessante, traçando um paralelo entre a "verdade vista por Enid" e frames de VHS distorcidos que mostram as cenas reais do que está acontecendo. Infelizmente, o ritmo lento e o roteiro mal desenvolvido deixam o filme meio exaustivo, apesar de ter menos de 1h30 de duração. 

Como uma obra que representa a época da censura na Inglaterra, é um bom exemplo, mas como filme de horror, na minha opinião, deixa um bocado a desejar.