Krampus - o terror do Natal

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Então, a review de hoje é sobre um filme que quando eu vi o trailer, em 2015, tive grande curiosidade de ver o longa completo mas que, no fim, não era bem o que eu esperava. 
Eu estou falando de Krampus, o terror do natal. Falar de filme de natal em pleno março parece coisa de maluco, mas, esse aqui não é um daqueles clássicos natalinos, pelo menos a promessa era de um filme de terror sobre o irmão malvado do Papai Noel. 


A história começa mostrando uma liquidação de natal em uma grande loja de departamentos e culmina com uma briga de dois garotos no que deveria ser uma representação do presépio. A família do garoto que estava apanhando na briga, tem discutido já há algum tempo e a coisa toda estoura durante o jantar, um pouco antes do dia 25 de Dezembro. 
O menino então rasga a carta que escreveu para o Papai Noel e a joga pela janela. Em seguida cai uma forte nevasca que corta a água e a energia elétrica da casa. E os eventos seguintes envolvem o que no começo parecem acidentes isolados, mas aos poucos fica claro que são obra de alguma “força maligna”. 
A família inteira, agora encarcerada dentro de casa, começa a sofrer os ataques diretos da criatura, através de… Pasmem, um biscoito de gengibre do mal. Sério gente, eu fiquei com cara de WAT olhando pra cena. 
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Uma a uma as crianças da família são levadas pelo Krampus (vale citar que só explicam que pode ser ele aos 50 minutos do filme? Pois é). A lenda da criatura é contada pela avó paterna do menino e ilustrada através de uma animação digital - o que me incomodou, uma animação dentro de um filme que deveria ser de terror! Mas após ver quase 50 minutos de enredo inconclusivo e confuso, eu já não questionava mais nada. 
Ela conta que quando era criança, sua vila passava por um racionamento de alimentos e que todos os habitantes do local, incluindo seus próprios pais, deixaram de acreditar no natal. (o que convenhamos, é plausível, afinal, quem com fome, frio e sem emprego vai se animar em celebrar o Natal, quando a cabeça está cheia de preocupações?).
Enfim, como uma criança irritada com o comportamento dos pais, ela deseja que todos na vila tenham o que merecem. Ela termina a história contando que Krampus veio e levou seus pais embora e que a deixou para trás como um lembrete vivo do que acontecia com as pessoas que perdiam o espírito natalino. (Apesar de eu acreditar que ele a deixou viva pelo fato de que foi ela quem o invocou). 
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Eu realmente me esforcei para tentar levar esse filme a sério, mas após a sequencia do sótão onde aparece uma espécie de palhaço de brinquedo canibal com uma boca enorme, perdi qualquer esperança de que este fosse um filme de terror coerente. Ele me pareceu muito um misto de vários filmes trash e ruins que culminaram nesse longa-metragem de qualidade bastante duvidosa. 
O filme me lembrou um “mestre dos brinquedos” ruim (e o original já é ruim, quero dizer, brinquedos que criam vida?). Mas este aqui se superou no quesito ridículo. Enfim, era um filme que tinha tudo para dar certo, se trabalhassem direito com a lenda do Krampus, a qual realmente existe e vem da Alemanha, onde no dia de natal ele rapta crianças mal criadas. 
Até pra mim que tenho  Automatonofobia (medo fóbico de bonecos) esse filme foi ridículo. O enredo é uma verdadeira bagunça, sem organização, sem coerência e apesar de ter a Toni Collette, que é uma boa atriz (eu gosto dela em United States of Tara) o filme não conseguiu se manter firme o suficiente para prender a minha atenção. O tempo todo em que eu assisti a 1h37 minutos de filme, foi alternando entre mais uma dúzia de páginas da internet. 
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Enfim, este aqui foi mais um filme em que a propaganda vendeu um gato por lebre e eu comprei! Acho que todos que foram assistir no cinema (nos Estados Unidos, porque felizmente o Brasil não foi burro de comprar esse filme) também devem ter saído no mínimo decepcionados e no máximo, bom, irritados é uma palavra gentil para a sensação. 
Enfim, não é um filme de terror no natal, como por exemplo “Natal Sangrento”, aquele em que um assassino serial foge de um sanatório e resolve assassinar toda uma família com um machado. Também não é “Um conto de natal” com fantasmas e “Este é o seu futuro Ebenezer Scrooge”. Esta mais para, como eu disse mais acima, um mash-up de vários filmes de terror ruins, trash ou B+efeitos especiais de quinta categoria e um roteiro mais furado que queijo suíço. 
Obs.: vale citar que o tal Krampus só aparece nos últimos 15 minutos de filme? 
“É melhor tomar cuidado. 
É melhor não chorar. 
É melhor não fazer beicinho
Eu te digo por que (O Krampus) 
Papai Noel Está vindo para a cidade”

Confira aqui o trailer para vocês entenderem o que eu esperava. E já adianto, o que eu esperava não foi o que eu recebi. E se ainda assim você ficou com interesse de ver o filme, logo abaixo deste vídeo, estão os links do torrent e da legenda. 

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