Na companhia do medo [gothika] (2003)
A pedido de uma amiga eu resolvi assistir esse filme e assim, já no começo ao descobrir que era uma produção Dark Castle [extinta produtora de remakes de terror dos anos 50-60 como "a casa da colina", "navio fantasma", "13 fantasmas" e "a casa de cera" - todos remakes] já ganhou alguns pontos a favor comigo.
Resumindo é a história de uma psiquiatra que, após um acidente e o encontro com uma estranha garota na estrada, é acusada de ter assassinado o próprio marido e então, é internada no hospital psiquiátrico no qual até então trabalhava.
Mas aos poucos ficamos sabendo que a menina que ela encontrou na verdade é um fantasma e que está tentando se comunicar.
Em paralelo a isso temos toda a dinâmica negligente de dentro de um hospital psiquiátrico, incluindo o abuso sexual das internas por parte da equipe do hospital - a vítima acredita que está sendo abusada pelo demônio - mas fica claro que é uma crítica a esse tipo de violência sexual, infelizmente, mais comum do que se imagina.
Além do tratamento ofensivo as internas e a humilhação, na cena do banho coletivo.
E também a descrença e desdém com que os médicos, até então colegas de trabalho da psiquiatra, a tratam. Como se tudo o que ela falasse fosse absurdo e impossível de receber crédito de confiança.
No quesito efeitos especiais temos a câmera acelerada, vista anteriormente em "A casa da colina", a ausência de jump scares - pela qual eu agradeço muito. (digo, exceto por uma cena q a personagem grita por causa de um pombo ¬¬)
Agora, esquece a parte do fantasma. O interessante do filme é a representação da maldade humana oculta, aos poucos a protagonista vai descobrindo coisas sobre o marido que, a fazem perceber que ela não o conhecia.
O roteiro poderia ter sido enxugado um pouco, porque essas revelações acontecem nos últimos 20 minutos de filme.
Também vale citar a paleta de cores do filme, eles utilizam vários tons de azul, especialmente o azul elétrico, que causam um mal estar e desconforto visual.
O plot twist de quem é o segundo assassino não foi tão "plot twist" pra mim, descobri que era aquele personagem na metade da conversa entre ele e a protagonista, mas, foi uma boa jogada de enredo.
O filme tem elementos leves de sororidade (apoio entre mulheres), crítica a cultura do estupro e ao complexo de autoridade da polícia, além de uma regravação de "behind blue eyes" do The who, pelo Limp Bizket [eu lembro que curtia muito o clip quando era adolescente]
Num geral, não é um filme ruim, mas também não é bom o suficiente pra prender a minha atenção e me fazer querer rever no futuro.
E ai está a minha analise do filme, sem spoilers.
"Meu amor é uma vingança, que nunca se liberta"
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