Linha mortal

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Experiências de quase-morte é um assunto discutível. Algumas pessoas acreditam em uma luz e vozes que a chamam e outras acham que na verdade não há nada além de um vazio escuro e silencioso. Independente de no que você acredita, quando alguém passa por esse tipo de experiência, a pessoa sofre algum tipo de alteração mental e retorna ao mundo dos vivos com sequelas. Adianto aqui que está review será curta, por alguns fatores pessoais que não tem qualquer conexão com o filme em questão.
E é esse o enredo base de Linha mortal e não, eu não estou falando do remake inútil anunciado para final de 2017 e começo de 2018. Nesta review vou apresentar a vocês o material original produzido em 1990 e com nomes de peso no elenco como Kiefer Sutherland, Julia Roberts e Kevin Bacon (todos ainda bem jovens).
O filme conta a história de quatro estudantes de medicina que decidem fazer um experimento com as situações de quase-morte. Eles ficam oficialmente mortos por um período que varia entre um e dois minutos (o que é um grande risco). Mas, quando retornam, trazem consigo projeções de pessoas com as quais foram cruéis ou que acreditam terem tido culpa nas mortes e essas projeções têm o poder de atacá-los fisicamente, como uma espécie de castigo pelo que eles lhe infringiram no passado.

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O longa-metragem tem uma duração de quase duas horas e um ritmo bastante lento, além de abordar de forma bastante metafórica o além-vida, já que cada um deles vê uma coisa diferente enquanto estão experimentando a sensação de morte. A ideia parece ser sugerir que o fato de eles terem visitado um local para o qual ainda não estavam preparados (o mundo da morte) resulta em uma punição na nossa realidade como uma espécie de efeito colateral retardado, já que o primeiro a ser atacado só se dá conta da conexão das coisas alguns dias depois.
Apesar do enredo, Linhas mortais não é um filme de terror. Ele pode entrar em várias categorias, drama, suspense psicológico e até mesmo ficção científica, mas o gênero que está sendo tão destacado no remake, o terror, passou bem longe da versão original.
Infelizmente, o filme comete algumas gafes nos procedimentos médicos, como por exemplo, utilizar o desfibrilador sobre o tecido do sutiã de uma das personagens (afinal, o contato direto da placa de choque contra o tecido o torraria e o faria grudar na pele dela) e também tentar ressuscitar uma pessoa dada como legalmente morta há 12 minutos (pois nos primeiros 2 minutos de morte, falta ar no cérebro e há uma chance enorme de acontecer morte cerebral).

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Enfim, levando em consideração a época em que o filme foi produzido, ele foi uma novidade no assunto, mas confesso que estou com um enorme receio deste remake que estão anunciado, por diversos motivos, entre eles o medo de perverterem o roteiro original em troca de alguns jump scary idiotas e também em como essa nova safra de audiência receberá tal produção. Como sempre, eu prefiro os originais, tirando algumas poucas exceções, e até agora não tive nenhum arrependimento, mas, quando o remake sair, tentarei arrumar uma cópia do arquivo e talvez até faça uma review comparativa entre o original e o remake.
                               “…Não era um bom dia para morrer”

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