Kynodontas
Eu gosto de assistir filmes que desafiem minha inteligencia, me façam pensar, analisar, ponderar e até duvidar do que estou vendo. Então, quando ouvi falar de Dente canino, fui atrás, sem dar atenção aos alertas de quão perturbador o filme poderia ser.
No dia em que eu assisti Kynodontas (Dente canino) fui tomada por uma raiva e um sentimento de impotência e frustração, e fiquei pensando se havia sido uma boa ideia assistir ao tal filme, afinal, pessoas me alertaram do impacto negativo que ele causa, mas eu queria ver até onde ia a estranheza do cinema grego e no famoso quem procura acha, eu achei.
Hoje, quase 2 meses depois, mais calma e centrada, posso dizer que é um filme para pensar. É perturbador, incomodo e bastante irritante, especialmente por que nós, espectadores não podemos fazer nada para interferir e ajudar aquelas pessoas criadas como crianças numa casa fechada.
O filme nos faz questionar sobre os limites e dominação dos pais sobre os filhos, a privação do conhecimento e até mesmo da malícia adulta e como tudo isso pode gerar seres humanos ingênuos e quase débeis, verdadeiros bebês desprotegidos e indefesos.
Não é um filme para você assistir como passatempo, é um filme pra se ver com a mente limpa e focada, até porque, ele é um verdadeiro desfile de cenas aberrantes e perturbadoras que causam um mal estar irreversível.
Até agora, sempre que penso no filme, me lembro de certas cenas-chave que vão ficar comigo para o resto da vida. Não posso dizer que foi uma experiência ruim, pois acrescentou no meu amadurecimento mental e como fã de cinema experimental/estrangeiro.
Mas não é uma experiência que eu pretenda repetir, nunca mais.
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