31 dias de Halloween - dia 05 - Blade, o caçador de vampiros

image

Esse aqui entrou na lista pelos seguintes motivos: eu adoro vampiros e adoro os filmes do Wesley Snipes. Para aqueles que não sabem Blade na verdade é uma HQ da Marvel que foi transformada em filme (e que depois rendeu aquelas duas horríveis continuações, uma série de tevê e uma versão em anime).
É um filme que marcou minha pré-adolescência, eu tinha meus 12 anos quando assisti pela primeira vez e pude ver uma releitura moderna do vampiro clássico e com alguns acréscimos interessantes, como por exemplo, protetor solar permitia que ficassem na rua durante o dia por aproximadamente uma hora sem sofrerem os efeitos do sol.
A história começa em 1967 com uma mulher grávida chegando ao hospital. Ela foi atacada pelo que os paramédicos acham que foi um animal selvagem e em parte eles não estavam errados. Ela foi mordida por um vampiro. Então ela entra em trabalho de parto enquanto é socorrida e assim nasce o garoto, meio vampiro e meio humano, pois os genes do vampirismo não tiveram tempo de agir por completo nele.
O foco muda para um rave em um frigorífico e se você for um bom observador já vai deduzir que alguma coisa vai dar muito errado para o cara que está com a garota de pálida. E é aqui que as coisas começam a ficar interessantes. Atrás do DJ há uma faixa onde está escrito blood bath (banho de sangue) e em determinado momento os springles contra incêndio no teto começam a soltar um liquido e apesar de todos os presentes no galpão, exceto o cara que veio com a moça, erguerem as mãos e abrirem a boca para beber, aquilo não é água. É sangue.
E então somos apresentados ao personagem-título, que surge para exterminar todos aqueles vampiros com estacas de prata recheadas de alho (eu sei, prata costuma ser usada para lobisomens mas…). Por fim ele bota fogo em um deles, Queen e o deixa para morrer, mas a policia chega e o leva para o necrotério, onde o vampiro chamuscado ataca uma médica, Karen Jenson. Blade a deixaria para morrer, mas algo nela o faz se lembrar de sua mãe e por isso ele a salva.
Eu gosto desse filme porque ele tem alguns elementos que me fazem pensar no RPG A Máscara, pois existe esse conselho vampírico, que zela pela discrição e anonimato entre os humanos, enquanto que os novatos que foram transformados, liderados por Deacon Frost, nos vêem como comida e desejam instaurar o caos no planeta.
É curioso ver os sistemas utilizados pelos vampiros do conselho para se organizarem. Casas seguras, assinaladas por símbolos compreensíveis apenas por eles, bancos de sangue que entregam bolsas com o liquido para que se alimentem e ainda existe uma espécie de bíblia vampírica com um deus do sangue cruel e indestrutível descrito nela. E sobre o qual Frost demonstra grande interesse.
E quando ele descobre que precisará do sangue de Blade para completar o ritual de despertará o deus do sangue, La Magra, Frost faz um jogo de chantagem ardiloso a ponto de quase tirar Blade do sério.
Eu acho muito interessante um meio-vampiro negro que luta e mata outros vampiros. Heróis negros nas historias em quadrinhos estão sempre em falta e representatividade faz muita diferença. Blade é mais para o publico adulto, eu sei, mas lembro que quando o filme saiu no cinema, há séculos, fez um verdadeiro boom de pessoas indo assistir.
As cenas de morte e tortura dos vampiros merecem atenção especial, destaque para o assassinato de Gaetano, o presidente do conselho vampírico. Como ele sempre gosta de dizer, nasceu um vampiro, não foi transformado em um. Por isso Frost o leva até um penhasco e pergunta se ele já viu o nascer do sol, “Ah é verdade, você nasceu um vampiro, então acho que nunca viu um, mas eu sou bonzinho e vou te dar esse prazer”. Gaetano tem as presas arrancadas com alicate e seu corpo é descamado conforme o sol começa a despontar no horizonte até virar apenas um esqueleto que grita e por fim pó.
Outro detalhe que eu gosto nesse filme é que apesar de todas as insinuações, não existe um relacionamento romântico entre Blade e Karen, o que para mim é sempre um ponto positivo, especialmente se for um filme de terror. Sabem, eu acho que romance nesse tipo de gênero estraga tudo, afinal se você está por exemplo fugindo de um maníaco homicida, não dá pra ficar parando e trocando beijinhos.
Blade, como eu disse no começo, não é bem um filme de terror, mas tem vampiros, morte, tortura, ação, vampiros e uma criatura morbidamente obesa chamada Pearl que é a guardiã dos registros vampíricos (eu precisava falar dela, porque a Pearl é uma das personagem que mais me marcou no filme, pois tenta a todo custo defender os segredos da sua raça, mesmo sob a pena de tortura com luz ultra-violeta).
“Peguei você numa hora ruim… Dovarish?” (Dovarish = Camarada)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

10 filmes sobre BDSM que realmente valem a pena assistir

Aluno inteligente X O Aprendiz (Conto x Filme)