31 dias de Halloween - dia 12 - Os espíritos

O filme de hoje é bastante interessante, não apenas por ter sido um dos primeiros dirigidos pelo Peter Jackson (sim, o diretor de O Senhor dos Anéis e O Hobbit) e contar com Michael J. Fox (Michael Mcfly de De volta para o futuro) como protagonista, mas também porque brinca com a possibilidade de um espírito poder matar um humano vivo, tudo isso pontuado por um suave humor negro.

Esse filme passou um bocado de vezes no SBT, normalmente na sessão noturna e em datas como sexta-feira 13 ou Halloween. Se alguém me pedisse indicação de um filme com fantasmas, eu falaria deste aqui e de pelo menos mais dois, que serão abordados em posts futuros.

A história começa com uma mulher sendo perseguida por uma manifestação sobrenatural, ela grita e corre pelos corredores desesperadas, até que uma idosa sai de um dos quartos, armada de espingarda e atira no fantasma, mais especificamente no tapete que cobre ele, enquanto grita coisas que a gente acredita serem delírios.

Então o foco muda para um enterro, durante o qual um homem distribui cartões de visita. “Frank Benister, investigador paranormal”, é o que está escrito. Ele é expulso aos safanões do enterro e enquanto volta para casa, acabe entrando no jardim de uma casa.

Nova mudança de foco, a Doutora Lucy Lynskey vai até a casa que aparece no começo do filme, para atender uma paciente. Ao tentar levá-la para o hospital, a senhora idosa, que é mãe da moça, a impede dizendo “você não sabe quem é minha filha, não é? Patrícia nunca sai de casa. Disseram que ela ficou assim reagindo aos fatos, mas na verdade foi assassinato a sangue frio”.

Ao voltar para casa a médica aluga uma fita de vídeo que a deixa a par da situação da tal moça. Patrícia Bradley era filha do diretor do sanatório da cidade de Fairywater e auxiliou o namorado, o enfermeiro John Charles Bartlett, a matar 12 pessoas inocentes que estavam dentro do prédio. A escolha foi feita de forma aleatória e enquanto Bartlett foi condenado à cadeira elétrica, Patrícia pegou prisão perpétua domiciliar. Bartlett tinha como motivo ultrapassar o numero de vítimas feitas por outro assassino, Darkweather e ao ser preso, saiu se vangloriando de ter conseguido.

Voltando novamente para a casa da Dr.ª Lynskey, a casa começa a ser tomada por manifestações sobrenaturais, o que faz com que ela chame Bennister, que na verdade não passa de um charlatão o qual utilizada fantasmas conhecidos para assustar seus futuros clientes. Mas as coisas mudam de figura quando, após fazer toda a sua encenação, Bennister vê um numero escrito na testa do marido de Lucy. Dias depois o rapaz morre de parada cardíaca. E então Frank vê uma criatura semelhante a um ceifador se esgueirando pelos telhados, mas algo está errado ali.

E durante o filme, Frank vê mais números escritos nas testas das pessoas, as quais morrem de ataque cardíaco em seguida. Esses números são semelhantes aos que foram feitos nas testas das vitimas do massacre no sanatório e indicam o numero que aquela vitima seria. O resto do filme é a perseguição de Frank atrás do tal ceifador, já que, há alguns anos, sua esposa foi morta e teve um numero 13 escrito com faca na testa.

Eu poderia dizer que “Os Espiritos” é o primo estranho de “Os Caça-fantasmas”, não apenas pela abordagem mais sombria como também pelo uso de efeitos especiais um tanto quanto perturbadores, pois todos os fantasmas do filme tem uma coloração azul-cinzento. Ele tem algumas passagens cômicas, mas não daquelas de te fazer rir por horas, estão mais para um risinho rápido para desmontar a tensão. É um longa-metragem que tem tantos detalhes importantes que eu passaria horas explicando todos eles, mas farei melhor, no fim da review tem um link para o filme, assista e tire suas conclusões.

O fato de que o ator responsável por interpretar Johnny Bartlett já ter uma cara de maníaco homicida só contribui para o filme ser perturbador. Recomendo para quem gosta de um terror um nível acima do iniciante, mas longe o bastante do nível master.

“Frank, o que sabe sobre tabuas de ouija?”